Communicating Science: scientific publication and its audience


Evaluating and managing science is a complex and delicate task. From the student who seeks to organize a relevant bibliography, the librarian that has acquisition priorities to manage and justify, to the transnational agencies that fund science and need auditable politics due to the democratic scrutiny of their decisions, all are overwhelmed with the exponential growth of science and of the publications that communicate and divulge it.

Digitalization of huge masses of information, associated to the globalization of the World Wide Web since the nineties, further accentuated this process.  Present day libraries are partly, irreversibly, dematerialized. Major editorial companies go with the zeitgeist, their prestigious journals selling, more and more, electronic versions of the articles. In a culture that has stopped burning books, the paper has never seemed so perishable. Traditional books have become artefacts that carry the marks of their obsolescence. E-books are treading their way, evermore successful. In academic libraries, a growing percentage of the budget is destined to grant access to journals, databases, and ‘bundles’ with incredible offers from the major companies. In detriment of books. In 2013 only 20% of the acquisitions budget of research libraries will be spent in books, 15% of those exclusively electronic.

Concomitant with loss of centrality of the traditional book, Social Sciences, Arts and Humanities are shifting to the publication mode so successfully established by the Philosophical Transactions of the Royal Society in 1665. But they’re still striving to do so, and many differences linger.

And all this, this avalanche, mountain of information, has to be distinguished, classified, archived and retrievable by request. Evaluated. Google this, you.

Avaliar e gerir ciência é hoje uma tarefa delicada e de crescente complexidade. Do estudante que procura organizar uma bibliografia relevante, ao bibliotecário que tem uma política de aquisições para gerir e justificar, passando pelas grandes agências transnacionais que financiam ciência, e que necessitam implantar políticas auditáveis devido ao crescente escrutínio democrático das suas decisões, todos se confrontam com o crescimento exponencial da ciência e das publicações que a comunicam e divulgam.

A digitalização da informação, associada à globalização da world wide web a partir dos anos 90, acentuaram ainda mais este processo. As bibliotecas do presente já estão em parte,irreversivelmente, desmaterializadas. As grandes editoras académicas há muito vêm acompanhando o espírito dos tempos, as suas prestigiadas revistas vendendo, mais e mais, versões electrónicas de artigos. Numa época em que já se não queimam livros, nunca o papel pareceu tão perecível. Os livros tradicionais tornam-se artefactos que trazem em si a marca da obsolescência. Os e-books vão fazendo o seu caminho. Nas bibliotecas percentagens cada vez mais significativas dos orçamentos são destinadas à assinatura de revistas, bases de dados e "bundles" com incríveis ofertas das editoras. Em detrimento do livro. Em 2013 só 20% do orçamento de aquisições das bibliotecas de investigação será gasto em livros, 15% dos quais em formato exclusivamente electrónico.

Concomitante à perda de centralidade do livro tradicional, deslocam-se as artes e humanidades para o modo de publicação inaugurado em 1665 pelas Philosophical Transactions da Royal Society com tanto sucesso.

E tudo isto, toda esta avalanche, montanha de informação, tem de ser destrinçada, classificada, arquivada e desarquivável a pedido. Avaliada. Google this you.