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METODOLOGIA

1) Mostrar que o Fator de Impacto (FI) tem diferentes significados de acordo com a área científica dos journals; e que os editores o valorizam diferentemente consoante a sua origem científica. Isto será feito através da comparação da estratégia de comunicação de journals de duas disciplinas das ciências sociais (Sociologia e Ciências da Comunicação) e duas das ciências naturais (Bioquímica e Física). Para cada área, a equipa seleciona o primeiro ¼ de publicações por FI no Journal Citation Report (JCR). Esta amostra será sujeita a análise de conteúdo quantitativa e qualitativa, com vista a averiguar se a forma como estas publicações valorizam o seu próprio FI é distinta, de acordo com a sua área científica; e quais são as suas estratégias de comunicação na apresentação do seu próprio Fator de Impacto. Destes resultados, espera-se a reunião de dados sobre culturas de publicação nas Humanidades, reportáveis ao ponto 2 dos objetivos; trazendo a questão a debate público;

2) Em relação ao ponto 2 dos objetivos, pretendemos abordar o assunto, começando por ilustrar que diferentes regras e critérios de ordenamento/indexação produzem diferentes resultados e medidas. Consequentemente, a objetividade do fator de Impacto não é "absoluta", mas é sempre relativa ao que está a ser medido e aos procedimentos segundo os quais essa medição é feita. Para levar a cabo este estudo, comparar-se-á o FI (Fator de Impacto baseado no algoritmo patenteado pelo Institute for Scientific Information), SJR (SCImago Journal Rank, baseado no algoritmo Page Rank do Google) e SNIP (Source Normalized Impact per Paper, que mede o impacto contextualizado das citações com base no número total de citações de uma área científica) dos journals de Comuniação e Bioquímica comuns ao ISI e Scopus. A hipótese em teste é a de que, empregando diferentes critérios de medição, podemos obter diferentes ordens de impacto para as revistas e que o ranking do ISI será diferente do ranking do Scopus. Além disto, descobriremos se a variação dos ranks é maior nas ciências sociais do que nas ciências naturais, porque os resultados bibliométricos são menos estáveis nas ciências sociais;

3) Para cumprir o 3º objetivo, este projeto pretende comparar o indíce Hirsch dos melhores investigadores do mundo e dos investigadores portugueses cotados com "Excelente" ou "Muito bom" pela FCT (nas ciências sociais) e comparar com amostra semelhante na bioquímica e física (ciências naturais). Para cada um dos oito grupos que formam a amostra, obteremos o H-number no ISI, Scopus e Google Scholar. A partir destes dados, visamos analisar a variação de valores entre as bases de dados e o Google Scholar. A nossa hipótese é a de que essa variação será muito menor nas ciências naturais do que nas sociais. Pretende-se averiguar se é possível que o índice Hirsch de um bioquímico seja maior no ISI do que no Google Scholar, devido à estabilidade das culturas de publicação na área; e que, com uma variação maior e inversa, se passe o oposto nas ciências sociais, por causa da importância da publicação de livros, objeto apenas indexado pelo Google Scholar. Estes são os resultados esperados a partir da hipótese anterior, mas os resultados reais e o tamanho do fosso entre o H-number medido nas três bases de dados é absolutamente desconhecido, uma vez que não está estudado. Após a recolha da amostra e a resolução do problema epistémico de "como escolher os melhores investigadores do mundo, ignorando as métricas que alegadamente os distinguem", usaremos os indicadores bibliométricos produzidos pelo ISI e Scopus para obter os dados necessários a este estudo. Para obter dados do Google Scholar, usaremos o software Publish or Perish de A.W. Harzig, disponível em www.harzing.com/pop.htm, que produz bibliometria a partir de dados em bruto do Google;

4) No que concerne ao ponto 4 dos objetivos, conduziremos um estudo comparado das redes formadas a partir do quadro editorial dos journals de topo do ISI nas áreas da Comunicação e Sociologia, selecionando o primeiro ¼ de revistas ordenadas por Fator de Impacto. Pretendemos examinar se a qualidade de ser editor aumenta a probabilidade de se ser autor de artigos noutros journals da amostra. Este estudo pretende ainda determinar a percentagem de autoria "exógena", isto é, a percentagem de autores publicados que não pertencem ao quadro editorial das publicações incluídas na amostra. Neste ponto, não nos guiamos por nenhuma hipótese nem esperamos nenhum resultado particular. Espera-se apenas que os resultados sejam significativos e relevantes, trazendo alguma luz sobre a importância de redes sociais nas atividades de publicação e comunicação de ciência;

5) O objetivo 5 será alcançado através de uma sondagem aos cientistas dos campos amostrados (Comunicação, Sociologia, Bioquímica, Física) em centros de investigação portugueses classificados com Excelente ou Muito Bom. O nosso objetivo é produzir dados sobre a realidade portuguesa, mas também aferir se há diferenças de atitude sobre estas questões entre cientistas das Ciências Naturais e das Humanidades e Ciências Sociais.

 

 

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